segunda-feira, 18 de junho de 2012


Saber se relacionar: essa é a chave

Acompanho muitas pessoas, jovens e até de mais idade, que se vêem tendo que procurar novas oportunidades de trabalho, seja por alguma demissão ou processo de transição de carreira e às vezes me pedem dicas de como otimizar os resultados para conseguir uma nova posição.

Bom, para quem almeja conseguir uma boa vaga de trabalho, eu digo que, como sempre há um caminho a ser seguido. Em primeiro lugar, é necessário saber quais são seus pontos fortes. Depois é preciso ter a habilidade de vender essas forças e evidenciá-las a todas as pessoas (comunicação). Daí alguém pode perguntar: por que todas as pessoas?

Hoje em dia, cerca de 70% das vagas nas empresas são preenchidas por indicação. E isso não é novidade é realidade. Sendo assim, as pessoas que se relacionam bem, sempre estarão empregadas. Veja o exemplo da maioria dos políticos: eles sempre arrumam, após o mandato, alguma vaga pública em cargos comissionados do governo etc. Isso acontece por que a maioria dos políticos tem uma boa “Rede de relações” ou um bom networking.

Desta forma, você como profissional precisa investir nessa ferramenta também. Para conseguir um trabalho hoje é preciso ter estratégia. E umas das estratégias é investir em networking. Mas como fazer isso?

É um processo um pouco longo, mas quanto antes você começar melhor. Primeiro, se você é bom em alguma coisa, as pessoas devem saber disso. Desta forma, você deve se destacar dentro da empresa que você está em alguma atividade. Mesmo que você não goste da sua atividade o qual vem exercendo, você deve realizar aquela tarefa de forma diferenciada, senão você não cria diferenciação.  Assim que você conseguir começar se diferenciar, as pessoas têm de saber disso. Fale para as pessoas sobre coisas que você gosta e como você gosta de fazer. Isso vai marcar a mente delas, principalmente seus chefes.

A partir daí, comece e enumerar as pessoas que trabalham em determinadas empresas o quais você conhece. Pense se aquela empresa que você quer a vaga tem alguma pessoa que você conhece que poderá te dar uma indicação, se necessário. Parece simples, mas isso é muito importante. Só que até chegar ao ponto de alguém te indicar, você deverá ter gerado credibilidade na mente dessa pessoa.

Uma boa forma de marcar uma pessoa é se interessar por ela. Comece a anotar o contato de professores, amigos que trabalham em empresas, parentes que pode ajudar etc. após isso, tente semanalmente ligar para algumas dessas pessoas para conversar sobre assuntos de interesse dela ou assuntos gerais. Isso é super importante, pois na hora que você precisar, essa pessoa vai lembrar de você. Usar o e-mail também é importante e válido.

O que acontece em muitos casos é que uma pessoa que está precisando de emprego liga para uma colega, após 10 anos, somente para pedir emprego. O que vai soar meio interesseiro e marcar negativamente a pessoa.

Uma dica importante é que o profissional faça contatos e anote esses contatos, ou troque cartões de visita em cursos, feiras, seminários etc. Há muitos alunos que se quer sabem o nome dos professores e às vezes isso é importante para que sua rede de contatos fique cada vez mais atualizada com novas pessoas potenciais a te ajudar caso precise.

Desta forma, procure sempre manter seus contatos atualizados para que, se possível, você possa contar com eles na hora que você precisar e ajudar também quando necessário.

Enfim, são dicas simples, mas que devem ser praticadas no dia a dia. Se você começar a investir nessa ferramenta, dentro do marketing pessoal, você provavelmente terá resultados melhores e mais otimizados na hora de conseguir uma nova posição no mercado.

Danilo Mota é administrador de empresas e professor. Contato: danilo.gerir@gmail.com

quarta-feira, 25 de abril de 2012


Qual é o seu valor?

Você já parou pra pensar quanto pode valer uma marca? Pois bem: em um relatório de mensuração de valor de marcas publicado pela Interbrand, a marca Coca-Cola ficou novamente em primeiro lugar  alcançou a valor intangível de US$ 66 Bilhões. Mas o que isso quer dizer? Basicamente quer dizer que se todas as fábricas da Coca-cola fossem simultaneamente varridas por um furacão ou uma crise brutal de mercado, ainda assim, ela lucraria somente com a marca, que compreende licenças de seu nome em todo o mundo e principalmente valor percebido pelo consumidor. Complicado?

Outro exemplo: O Google há algum tempo era pouco conhecido pelos usuários de acesso a Internet, mas já está entre as vinte marcas mais valiosas e entre as mais lembradas. Em pouco mais de dez anos o Google alcançou US$ 25 bilhões em valor de marca. Podemos então supor que quanto mais lembrada e admirada é uma marca, mais ela vale. Nesse contexto encaixam-se o respeito e a credibilidade. Se uma marca é valiosa mas não tem credibilidade, não tem respeito perante as pessoas e perde valor.  Sabemos quando um produto ou serviço tem marca pelo que ela consegue sustentar de preço.

Um caso brasileiro é a Petrobras. Há poucos anos atrás a Petrobras figurava entre as 30 maiores empresas de petróleo no mundo. Seu esforço pela internacionalização e fortalecimento de marca trouxe-a para as 10 maiores em poucos anos.

Então paremos pra refletir: quanto vale o jogador Cristiano Ronaldo?  E a imagem de Gisele Bündchen?

E você, quanto vale?

Para mensurar esta conta pessoal não é fácil. Talvez nunca cheguemos a um valor exato. Mas o mais importante é que você na formação de sua marca pessoal, assim como as grandes marcas, consiga angariar pelo menos dois pontos na percepção do cliente: O Respeito e a Credibilidade. O restante você está aprendendo aqui, que é como atuar no mercado, como comunicar com o cliente seus objetivos e como ser melhor percebido pelo mercado. Para isso você deve investir constantemente em conhecer a si mesmo e a seus clientes (pode ser seus chefes e pares). Quem são esses clientes? - Você precisa definir quais - Pode ser seu chefe, supervisor, professor, depende do seu objetivo na carreira.

Pense então: Digamos que seu cliente é um chefe de determinada empresa o qual você quer trabalhar. Então, a estratégia hoje em dia é saber tudo sobre ele. Sonde os gostos dessa pessoa, suas qualidades, seus hobbies como chegar até essa pessoa e mais: estude as metas da empresa, quais os rumos para o futuro e como entrar nessa empresa.

Resumindo, a sua marca depende da atitude que você toma diante do mercado de trabalho. Procure sempre melhorar os seus conhecimentos, estudar os caminhos onde você quer chegar e monitorar sempre se sua carreira está atualizada e alinhada com os seus valores e objetivos.

Talvez você não chegue a um valor exato sobre sua marca, mas terá uma boa noção e uma boa estratégia para sobreviver e se destacar da concorrência. Isso será um fato.

Danilo Mota é administrador e professor. Envie suas dúvidas para: danilo.gerir@gmail.com

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uma imagem vale mais do que mil palavras

Com as mudanças evidenciadas hoje no mercado de trabalho, temos que nos preocupar cada vez mais com a nossa imagem. Digo isso por que cada vez mais estamos sendo monitorados em todos os sentidos não é verdade?

Em lojas, supermercados e agora na rua, estamos sendo monitorados o tempo todo. E Isso traz preocupação também para a carreira. Daí muitos podem perguntar: como assim?

Simples. Um amigo enviou um currículo para uma empresa e teve a felicidade de ser chamado para uma entrevista de emprego. A entrevista correu bem, e as chances desse colega eram consideráveis. Mas um ponto contou contra ele. Qual ponto? Esse colega participava de uma comunidade no Orkut daquelas do tipo ‘bebo até cair’. É isso mesmo. Participar de uma comunidade que pode dar uma má impressão à empresa e ao entrevistador e isso fez com que ele perdesse a vaga. Na verdade, nenhuma empresa quer o nome dela associado a coisas que possam arranhar a sua imagem. Parece absurdo? Mas é a realidade.

Achei interessante tocar nesse assunto, pois vejo poucas pessoas se preocupando com a sua imagem real e menos ainda com sua imagem virtual. Isso é preocupante por que há uma grande tendência de que num futuro próximo ‘tudo’ estará na internet. Desta forma, é preciso cada vez mais saber trabalhar com essa ferramenta ao nosso favor.

Um ponto inicial para tentar sanar esse problema é sempre se monitorar. Ou seja, digite no Google de vem em quando o seu nome. É isso mesmo. digite o seu nome e veja se há coisas ruins associadas a ele. Outra questão importante são as fotos em sites de relacionamento. Fotos exageradas demonstrando muito a sua privacidade podem contar contra você na carreira. A participação de fóruns também deve ser cautelosa, principalmente com o que você escreve.

Mas nem tudo está perdido. De uma outra forma, a internet pode auxiliar e muito na sua conquista por uma nova vaga de trabalho. A começar pelo Twitter. Muitas empresas vêm recrutando profissionais através dessa ferramenta.

Para quem gosta de escrever, os blogs são hoje importantes aliados na construção de uma imagem positiva – é claro, se o blog tiver um conteúdo relevante. Sites de relacionamento voltados a emprego como o Linkedin também vem crescendo no gosto dos profissionais, principalmente com mais experiência.

Enfim, comece a se interessar pelas ferramentas on-line e busque criar uma diferenciação através da internet, que inclusive é gratuita. Procure aproveitar melhor a rede no quesito de construir sua carreira.

E para finalizar, é preciso também se preocupar com sua imagem física, afinal é no mundo ‘real’ que permanecemos a maioria do tempo. Brevemente escreverei um artigo tratando da imagem pessoal. Acompanhe.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Currículo: Passo a passo



 Parece meio clichê, mas muita gente ainda se atrapalha na hora de elaborar um currículo simples e eficiente. Tudo bem: para algumas pessoas nunca foi uma tarefa fácil fazer um – e pelo jeito vai continuar não sendo, visto que atualmente, é preciso além de se elencar todas as rotineiras empresas onde você trabalhou, tentar chamar a atenção do recrutador. E o detalhe é que o currículo hoje só serve para colocar o candidato numa entrevista. Enviar um currículo para uma empresa não é sinônimo de interesse da mesma, a não ser que a empresa entre em contato. Bom, mas vamos discutir melhor assunto:

Em primeiro lugar, é preciso estar disposto a fazer um currículo. Parece estranho, mas não é. A maioria das pessoas não quer ‘perder tempo’ fazendo um currículo, o que é no mínimo falta de inteligência, visto que o tempo médio para um recrutador avaliar um currículo é de no máximo 30 segundos! Desta forma, a idéia é que você faça seu currículo, pois quem mais além de você pra ter interesse em fazer um currículo interessante?

Pois bem, a partir do momento em que se quer aprender ou se pré-dispor a fazer um currículo, a primeira coisa a se fazer é escrever  basicamente nome, idade, estado civil, endereço, telefone e e-mail (este último se houver). Nesta primeira fase e ao contrário de alguns anos atrás, não se coloca mais números de documentos e outros detalhes que hoje soam como ‘perda de tempo’

O segundo passo é descrever o objetivo, ou qual o cargo ou área pretendida por você àquela empresa. Essa questão é polêmica. Muitos me perguntam: eu tenho que trocar o objetivo toda vez que o cargo for diferente? A resposta é: Sim. Mas há uma dica. A pessoa pode colocar nessa seção Objetivo, uma área de forma ampla.. Por exemplo: ‘Objetivo: trabalhar em áreas administrativas’ ou ‘Trabalhar na área industrial’. Mas o mais correto é que se você já sabe qual vaga a empresa está oferecendo, você imprima o currículo e descreva no Objetivo qual é o cargo anunciado, o qual você quer concorrer.

O terceiro ponto básico é elencar as experiências profissionais. Aqui deve-se colocar as empresas os quais o candidato trabalhou de forma decrescente, ou seja, da última para a primeira. É preciso colocar as datas de entrada e saída e a função exercida. Uma novidade nos currículos  atualmente é que nesse campo de experiências é preciso colocar um breve resumo do que o candidato fez naquela empresa. Por exemplo: Atuei no setor de Recursos Humanos exercendo procedimentos de rotina, acompanhamento de processos junto aos órgãos públicos, serviços bancários e atendimento aos clientes”. Se a vaga pretendida for para área gerencial, deve-se colocar os resultados atingidos durante a permanência na última empresa.

O quarto passo para um currículo bem feito é discorrer a sua formação. Deve-se então colocar o nome do curso (Técnico em Projetos, por exemplo) e o ano de inicio e termino. A regra do passo três, também vale aqui. É preciso colocar os cursos em ordem decrescente. Uma dica importante é que quem tem somente o segundo grau, coloque “Segundo grau’. Já quem terminou o curso técnico, não precisa colocar mais a expressão ‘segundo grau’. Essa regra não vale para quem já tem faculdade. Por exemplo, para quem já é pós-graduado, é preciso colocar a faculdade, visto que uma pessoa pode fazer a graduação em engenharia florestal e pode fazer uma pós-graduação em Gestão da Qualidade. Desta forma, depois da graduação, é importante colocar todos os cursos de pós.

O quinto passo é descrever o idioma. Caso você seja fluente ou tenha inglês instrumental, cite no currículo. Se você não tem domínio nenhum em nenhuma língua passe para a seção ‘Cursos extracurriculares’. Nesta você deve citar os cursos que fez, assim como palestras, seminários etc. Se o evento ou curso foi realizado por uma instituição importante, você deve citar, caso contrário não precisa.

Outra questão importante é a seção “cursos de informática”. Caso você seja um expert em TI, vale a pena colocar os cursos que fez juntamente com o seu nível de domínio de cada ferramenta e algum resumo do que aprendeu e a empresa que ministrou. Caso você não seja da área de TI, coloque somente os cursos que fez e no máximo o mês e ano de conclusão.

O ultimo passo do currículo é colocar a seção “Informações adicionais”. Nele pode-se colocar alguma experiência em projetos sociais, participação em algum projeto ligado à área ambiental e até religiosa. Se você tem um hobby que acha que a empresa achará interessante, pode também citar no currículo.

Dúvidas comuns:
Algumas pessoas podem ter algumas dúvidas como:
Eu não tenho experiência, como eu devo citar no currículo?
Caso a pessoa já tenha trabalhado, mesmo que informalmente, a dica é colocar isso no currículo, pois conta como experiência informal e isso é valorizado hoje. Já quem nunca trabalhou mesmo, deve dar ênfase aos cursos que fez durante a escola, faculdade etc. Isso é importante pois dá a percepção de que a pessoa não tem experiência, mas está ‘correndo atrás’.

Eu não tenho dinheiro para fazer cursos, como eu faço?
Esse questionamento hoje soa como desculpa. Não ter dinheiro não significa não ter condições de fazer cursos. Hoje em dia com R$ 2,00, por exemplo, é possível ter acesso numa lan house a vários cursos gratuitos pela internet. Vou citar alguns sites como o Next Generation para cursos na área de TI :http://www.nextgenerationcenter.com/; o site do SEBRAE do Espírito Santo: http://www.conect.es.sebrae.com.br/;
Outro site capixaba que oferece cursos é o SENAI: http://www.es.senai.br/; dentre outros.

Bom, por hoje acho que é suficiente. Caso algum leitor tenha dúvidas sobre confecção de currículo, escreva pra mim que responderemos aqui nesta seção: danilo.gerir@gmail.com.

Até a próxima.